Aliar a preocupação com o meio ambiente a um gesto simbólico de homenagem às vítimas da covid-19. Esse é o propósito central do projeto ‘Bosque Fronteiras da Memória’, desenvolvido pela Comissão de Paisagismo da Universidade Federal Fronteira Sul – Campus de Erechim, presidida pela professora, doutora em Arquitetura e Urbanismo, Angela Favaretto. Por meio da iniciativa, 600 mudas serão cultivadas em uma área próxima à instituição, às margens da ERS 135.

O plantio acontece no próximo dia 6, das 8h às 16h. No sábado (23) foi realizada a preparação dos berços que irão receber as espécies.

Origem da ação

O técnico de Educação e coordenador do projeto, Jorge Psidonik, explica que o trabalho integra uma proposta ainda maior e que prevê o plantio de mil mudas na área do Campus. Ele também relata que o projeto ‘Bosques da Memória’ já existe em âmbito nacional e, com a união de representantes de ONGs ligadas à Mata Atlântica, de outras entidades e com o apoio da ONU, a ideia é promover a denominada Década das Nações Unidas da Restauração de Ecossistemas. Desse modo, as ações terão continuidade, nesse primeiro momento, até 2030. “A nível local, a nossa comissão, com a ideia da professora Marilia Teresinha Hartmann, decidiu se engajar nessa causa tão importante e que agrega um conjunto de fatores. Nosso ideal é, tanto contribuir com a recuperação de biomas, em especial da Mata Atlântica, como também, fazer uma singela homenagem, em nome da Universidade, à todas as pessoas que não resistiram às complicações do Coronavírus e um agradecimento aos profissionais de saúde que atuam na linha de frente nessa luta contra a pandemia”, comenta Jorge, citando que será um gesto de amor, carinho e ação concreta de preservação da vida.

Segundo ele, o objetivo é manter viva a memória das pessoas nesse período tão desafiador vivenciado pela sociedade como um todo. “Foram registradas muitas perdas, sendo que só em Erechim foram 200 e no país, são mais de 600 mil vidas perdidas em razão da covid-19”, assinala o coordenador.

Como participar?

Os interessados em homenagear um amigo ou familiar, devem inicialmente preencher um formulário de inscrição no link: https://forms.gle/LYBCJbAjYi5g8qmL8 e no dia 6 podem se dirigir à área do bosque onde uma equipe de voluntários fará a recepção. “A família participante irá doar a muda, que deve ser, preferencialmente, nativa. Iremos disponibilizar ferramentas para auxiliar no plantio. Convidamos toda a comunidade regional à essa mobilização do bem”, enfatiza Jorge. Mais informações podem ser obtidas pelo fone wats 991822885 com Jorge.

Saiba mais sobre a Campanha Bosques da Memória

O ano de 2020 foi difícil devido à pandemia, que parou o mundo causando muitas mortes, à crise climática e às tragédias ambientais, como os incêndios e os desmatamentos, que destruíram muitas florestas no Brasil.

Essa campanha Bosques da Memória é uma promoção conjunta da Rede de ONGs da Mata Atlântica - RMA, da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica - RBMA e do PACTO pela Restauração da Mata Atlântica. É desenvolvida de forma participativa e colaborativa. Está aberta às pessoas e instituições interessadas, contando, desde o início, com várias entidades parceiras como a Associação em Defesa do Rio Paraná, Afluentes e Mata Ciliar - Apoena e a Associação Mico-Leão-Dourado – AMLD.